Diante da confirmação do primeiro caso de Sarampo na Baixada Santista, em 2022, é imprescindível salientar a importância da vacinação para nossa sociedade. Segundo dados da Organização Mundial de Saúde (OMS),as vacinas são responsáveis por salvar a vida 3 milhões de pessoas todos os anos contra doenças como difteria, tétano, coqueluche, gripe e sarampo. Quando somos vacinados, protegemos a nós mesmos e toda a comunidade.
Infelizmente, a pandemia causou um declínio no número de crianças que recebem imunizações de rotina. Isso significa que as crianças estão perdendo os esquemas vacinais da infância. Como resultado, elas ficarão vulneráveis ao risco de contrair doenças imunopreviníveis, que em alguns casos podem levar até a morte. É muito importante tomar as doses certas e na época correta.
A desinformação e as “fake news” estão fazendo com que muitas pessoas acabem substituindo as evidências científicas por falsas informações,inclusive, questionando a necessidade das vacinas, já que muitas doenças desapareceram. Isso ocorreu devido à segurança e eficácia das vacinas. As doenças imunopreviníveis estão controladas graças ao elevado índice de imunização no Brasil.Mas, não podemos esquecer que embora algumas doenças não estejam mais presentes na sociedade, elas continuam a circular em algumas partes do mundo, podendo cruzar fronteiras e infectar qualquer pessoa que não esteja protegida.
No caso do Sarampo, que no passado era uma das principais causas de mortalidade infantil, as vacinas conseguiram eliminar a doença do continente. Entretanto, o aumento de crianças não vacinadas a cada ano vem fazendo com que o número de suscetíveis cresça, e a chance de um surto de sarampo se torne uma realidade.
Por isso, diante de um possível surto é importante que as pessoas procurem os postos de vacinação e atualizem suas carteirinhas. O sarampo é uma doença infecciosa aguda, transmissível e extremamente contagiosa que mata, principalmente menores de um ano de idade!
Por fim, devemos lembrar que mesmo os adultos estão suscetíveis à doença e se não foram imunizados quando crianças, não se lembram de tomar uma segunda dose ou receberam a imunização em vacina única para sarampo ( prática comum e abolida entre o começo dos anos 1990 e o começo dos anos 2000), não custa se vacinar novamente.

Dr. Elói Guilherme P. Moccellin
Presidente do Sindicato dos Médicos de Santos, São Vicente,
Cubatão, Guarujá e Praia Grande(Sindimed)